quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

Ser leigo na Igreja hoje

De um modo geral, as pessoas podem entender (ou achar) que todos aqueles que participam de uma maneira ou outra da Igreja ou de alguma comunidade podem ser denominadas assim, isto é, são “leigos”.

Por: Cesar Kuzma

Por um lado, isso é correto. É o que distingue os fiéis em suas vocações e missões específicas. No entanto, tal afirmação não mostra o todo e, provavelmente, não seria a informação mais precisa. Além disso, esta simples definição ou distinção parece dividir a Igreja em classes e nesta divisão os leigos se tornam aqueles que possuem uma importância menor, pois são vistos sempre de modo passivo, receptivos ou como parte de uma grande massa que se deixa envolver por certa religiosidade ou comportamento, mas que nem sempre tem discernimento do que se vive e professa.

A distinção que tento fazer aqui é entre membros atuantes (que buscam um sentido na sua própria vocação) e aqueles e aquelas que são apenas frequentadores de igrejas, mesmo tendo certa devoção ou religiosidade. O que insisto em dizer é que “ser leigo” faz parte de um itinerário vocacional que deve ser assumido, que deve gerar compromisso e entendimento, num caminho de construção de autonomia e de busca de maturidade na fé.

Ser leigo na Igreja hoje é tomar parte no batismo que se recebeu, fazendo opção por Cristo e pelo Reino anunciado por ele. É dar vida a uma causa, deixando-se tocar por Deus e refletindo esta experiência em ações concretas na história, no dia a dia, na dinâmica da vida e de frente a todos os dramas e tramas humanos que a sociedade nos apresenta. Ser leigo na Igreja hoje é buscar seguir Jesus de um modo próprio, livre, sem amarras, orientado por um Reino que nos chama e nos convida ao serviço, especificamente, no mundo.

Olhando desta maneira, os leigos serão mais do que se tenta apresentar, mas serão vistos como parte constitutiva da missão da Igreja no mundo, onde através de sua vida e testemunho buscam transformar as estruturas e santificar a vida em sua volta. Esta é a proposta que se avançou no Concílio Vaticano II e que deve ser resgatada, recuperada e assumida.

O leigo é parte constitutiva da missão eclesial e esta missão não pode ser pensada sem ele. O leigo não é o destino da missão, como aquele que será trazido para dentro, evangelizado ou conquistado, mas ele é sujeito de sua própria fé (doc. 105 da CNBB) e deve caminhar de um jeito próprio. É o que diz o Documento de Aparecida (2007), ao afirmar que os leigos possuem um jeito próprio de ser e fazer Igreja, e isso dever ser construído com autenticidade e coerência.

Evidentemente que, este jeito próprio se dá num trabalho de comunhão, numa dinâmica de crescimento mútuo, pela qual ninguém é mais importante que o outro ou ocupa o centro, apenas Cristo é o centro e, ao seu redor, cada vocação desenvolve e alimenta o seu carisma. Todavia, na atual conjuntura eclesiástica, quando vemos crescer o clericalismo e um conservadorismo, faz-se necessário dizer que os leigos devem avançar em mais espaços ou devem se tornar resistência nos poucos espaços que possuem. Faz-se necessário, em alguns ambientes, dizer que existem e que possuem uma voz própria, chamando a atenção para aquilo que é específico de sua vocação/missão.

Os leigos são chamados a um serviço no mundo e este mundo hoje é exigente para os cristãos. Por isso que é fundamental reforçar a dimensão pública da fé, o trabalho construído no dia a dia, no esforço em decidir fazer algo que vise a construção de uma nova sociedade. Este é campo específico dos leigos. Uma nova sociedade também se faz com uma nova concepção política, com um novo direcionamento na educação, com uma nova percepção dos dramas familiares, com um olhar atento aos jovens e a todos aqueles e aquelas que são vítimas da sociedade, que são excluídos e que se tornam “sobrantes” neste sistema econômico que explora e mata.

Estas exigências reclamam uma presença mais atuante de leigos e leigas, e é onde se deve pautar a sua vocação. Isto é ser leigo hoje.

Fonte: Portal das CEBs   

quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

Aprendi com os Magos do Oriente


Que Deus se manifesta a todos os povos e nações, não faz acepção de pessoas, prefere os pequenos (pastores) e os "fora dos escolhidos da Casa de Israel" (Magos do Oriente, fora do povo judeu escolhido para receber a concretização da promessa da vinda do Messias).

Que devo reconhecer/discernir os sinais que Deus nos dá, perceber a Epifania - manifestação de Deus à Humanidade, redimida pelo Menino-Homem na Cruz.

Faz-se necessário um esforçar-me para buscar estar sempre diante de Deus, isso não quer dizer estar sempre entre quatro paredes das Igrejas. Estar diante de Deus é estar com Deus diante das situações que ferem a vida e ameaçam o Projeto de Deus = Vida e VIDA em abundância para TODOS.

Ao encontrar Jesus: ajoelhar-se e adorá-Lo, como Senhor da Vida que dá a Vida em plenitude, que sendo Deus se fez pequeno para quebrar nossa arrogância, nosso orgulho, nosso egoísmo.

Abrir meu baú/cofre de tesouros e oferecer a Jesus, Deus Trindade o que tenho de melhor, todos temos talentos, dons, qualidades que podem e devem ser colocadas à serviço, pois esse serviço é missão que se concretiza lá na cruz (ouro, incenso e mirra).

Sempre mudar o caminho/rota, seguir por outra estrada, fugir dos sinais de morte, fugir dos "Herodes" disfarçados de "bonzinhos" e daquilo que nos tirará a vida, a alegria, a paz, a comunhão, a fraternidade universal, anunciar que a vida está sendo ameaçada e mudar de rota: converter-me sempre!

Reis Magos não é uma analogia romântica do que Deus pode realizar!
É a realidade concretizada da promessa de que Deus se manifestou a TODOS OS HOMENS, à HUMANIDADE!

Nos pede, exige mudança de mentalidade, abertura de horizontes, despojamento e assumir que todos somos irmãos e que todos merecem saber que Deus os ama incondicionalmente!

Por Elizete da Aparecida Toledo, lmx

segunda-feira, 2 de novembro de 2020

A CAMINHADA CONTINUA...

“O amor de Cristo nos impulsiona até que Cristo seja tudo em todos”. São Guido Maria Conforti

A caminhada do Laicato Xaveriano Brasil Sul, continua, mesmo diante do tempo atípico que se vive com a Pandemia do COVID-19. Esta nos pede viver de modo mais intenso o amor e a fraternidade, nos cuidados com a saúde de todos.

O Grupo de Leigos de Hortolândia (SP) retomou os encontros, com os devidos cuidados e  realiza seus encontros nas famílias. O último aconteceu no dia 10 de setembro, na residência da Iracilda (Nega) e Cardoso, no Jardim Peron.

O encontro teve início com a Oração Jubilar dos 100 anos da Carta Testamento, que  contou com as presenças do Pe. Jorge Antônio Villagómez, que fez uma explanação sobre a Carta Testamento, na qual evidencia que a Carta é um Testamento Espiritual, para os membros presentes e para os do futuro e a missão Ad Gentes que anuncia o Evangelho aos não cristãos, também esteve presente  o Diácono Marcelo Ávila que no seu testemunho nos provocou com a seguinte questão: O que ele se espera de um leigo Xaveriano? 1 – Oração (rezar pelas missões) e perseverança dos mesmos; 2 – Pertencer a uma família (sentir-se membro dessa família); 3 –A motivação da vocação (é convidar para ser um (a) missionário (a) Xaveriana , o leigo não tem medo de convidar, de perguntar se a pessoa deseja ser. Rosana faz referência a Carta Testamento que ela apresenta para nós Leigas (os): a missão profética de Cristo; a vida missionária em Deus com Jesus Cristo, e os desafios da missão Ad Gentes (anúncio da dimensão social do Evangelho). Iniciamos o nosso primeiro encontro de reflexão, oração e formação do subsídio com  a temática: A missão Ad Gentes,  conduzida pela Cristina, que fez a acolhida  para celebrarmos o ano de “Graça Missionária” e  os 100 anos da Carta Testamento de São Guido Maria Conforti, depois da leitura do resgate do laicato missionário, ela  nos propõe a pensar a  seguinte questão: A que me impulsiona este resgate do Laicato Missionário que São Guido e a Igreja me apresenta? Em seguida houve um momento de orações para as missões. Encerramos esse encontro que nos desafia a estar comprometidos com a missão evangelizadora e em sintonia com a Congregação dos Missionários Xaverianos, com a benção do Pe. Jorge, e uma homenagem ao Diácono Marcelo, feita pela Fátima que apresentou a música: “Menino Guerreiro”, em comemoração ao aniversário dele.

No segundo encontro que aconteceu dia 22 de outubro na residência da Rosana, trabalhamos a temática: A Centralidade de Cristo na qual somos chamados a aprofundarmos a nossa espiritualidade cristocêntrica e missão evangelizadora. Contemplando a Carta Testamento observamos que em tudo nos inspiremos n” Ele, para que nossas ações exteriores sejam a manifestação da vida interior de Cristo em nós. Com a leitura do Evangelho de João 15.1-8,que aponta para o nosso relacionamento com Cristo, e a dependência que temos dele. Cristo é a videira verdadeira e nós somos os ramos.

 São Guido Maria Conforti colocou, como fundamento de nossa espiritualidade: A união com a pessoa de Cristo, missionário do Pai. centro do nosso viver, fonte e inspiração de nosso pensar, amar e agir. Segundo o Papa Francisco, “existem três tarefas”, que atestam que Jesus é o centro de nossa vida: a primeira é conhecê-lo para reconhecê-lo, sobretudo por meio do Espírito Santo, da oração e do Evangelho. A segunda tarefa é adorar Jesus, por meio da oração de adoração em silencio e a terceira é segui-lo, seguir Jesus significa colocá-lo no centro de nossa vida.

Encerramos esses encontros que nos desafiam a estar comprometidas (os), com a missão evangelizadora e com a centralidade de Cristo. Convidamos a todas e todos a participarem conosco do grupo das (os) Leigas e Leigos Xaverianos de Hortolândia.

Nos dias 02 a 04 de novembro acontecerá o Tríduo e dia 05,  sempre às 20h com missa, em comemoração ao Dia do Padroeiro São Guido Maria Conforti, na Comunidade Nossa Senhora Auxiliadora. Participem!


Texto e Fotos: Rosana Borbalan, Leiga Missionária Xaveriana - Hortolândia - SP


Veja algumas fotos:












segunda-feira, 1 de junho de 2020

Live no Facebook: Onde está Deus neste tempo de Pandemia?


Encontro/Live Facebook


Com padre Rafael Lopez Villasenor
Superior Regional dos Missionários Xaverianos no Brasil Sul
Doutor em Ciências Sociais
Dia 06.06.2020 às 19:30h
Tema: "Onde está Deus neste tempo de Pandemia?"
Na véspera da Festa da Santíssima Trindade vamos: 
=> divulgar o Encontro; 
=> seguir a página dos Missionários Xaverianos no Facebook; 
 => participar da Live!!! 

Grupo de Leigos Missionários Xaverianos
Núcleo Guaianazes/Cidade Tiradentes

terça-feira, 20 de agosto de 2019

A CRIAÇÃO: LIVRO QUE FALA DE DEUS



"Este universo, tão variado, tão belo, tão maravilhoso[1]."
"Tudo que é verdadeiro tem um raio da verdade que é Deus, Deus veritas est[2].»

Neste capítulo tendo como tema a Criação, mons. Conforti revela toda sua alma franciscana[3],  ou, melhor, ele deixa entender como ficaram gravados em sua memória os horizontes abertos e agrestes percebidos durante a infância. Ou, mais simplesmente ainda, a criatura era, para Guido Maria, parte do todo, através do qual ele contemplava seu Senhor: "ver a Deus, amar a Deus e procurar a Deus em tudo". Nas expressões aqui selecionadas, Conforti manifesta-se poeta contemplativo e místico, que encontra, na beleza da natureza, um dos componentes da santidade, uma escola que conduz ao Pai. Os assuntos tratados neste capítulo são: a criação é o livro que fala de Deus; ela revela, em particular, a harmonia e a poesia do Criador; faz descobrir a ação e as perfeições divinas, até o mistério da Ressurreição; o universo foi criado para a felicidade do homem; por causa da desobediência humana, a criatura pode arruinar essa harmonia do caminho para o céu [4].



 Criação: livro que fala de Deus
 1          Os teólogos, ao pesquisarem a razão pela qual Deus criou o mundo, ensinam que ele nos criou movido por sua bondade, sendo o bem difusivo por si e, ao mesmo tempo, que Deus fez cada coisa para si, para sua maior glória. Sim, ó irmãos, nós fomos criados no êxtase e na felicidade do amor de Deus. Ele, no oceano de sua exultação e de seu amor, viu que sua glória pedia para ser conhecida, e contemplou também a nós, que ficaríamos tão felizes em poder conhecê-la. Esses dois motivos - a glória e a bondade, unidos em um, determinaram a decisão de Deus pela obra da Criação. O mundo, o universo é um grande livro, fiel expressão do pensamento de Deus. Ele abriu ao nosso olhar esse grande livro, para se fazer conhecer e consequentemente, ser amado e servido. Sendo a expressão do pensamento de Deus, revela um poder infinito, uma sabedoria infinita, um amor infinito. O mundo visível é a casca transparente de um mundo invisível. Feliz quem sabe ler o sublime volume[5]! Uma melodia incessante chega a seu ouvido, alcança-lhe o coração. Para ele o mundo torna-se um templo[6]. Em tudo, em qualquer lugar, Deus mostra-se a ele; a cada instante sente-se atingido por esta presença, às vezes majestosa, outras vezes paterna, às vezes santa, ou terrível ou mesmo consoladora. Para ele, Deus está perto, está longe, está em cima, está no interior, está em qualquer lugar; observa uma flor, uma estrela: lá está Ele; está no fogo, na água, no sopro da tempestade, na luz e na noite, no átomo e no sol. Está ao nosso redor, com seu calor que nos anima, está dentro de nós, no ar que nos faz viver. Ele escuta tudo, tanto os cantos sublimes dos serafins, como os alegres gorjeios da cotovia, o zumbido da abelha, o rugido do leão, o sussurro do riacho, o bramido do mar e o farfalhar da folha. Ele vê todo o sol que ilumina o universo, o inseto escondido na grama ou entre os ramos das árvores, o peixe perdido nos abismos do oceano; vê o movimento de seus músculos, a circulação de seu sangue, assim como vê o pensamento de nosso espírito, ouve as batidas de nosso coração. Sabe das necessidades do passarinho, que abre o bico esperando o alimento, e conhece nossos desejos, nossas necessidades; nutre, esquenta, veste e protege tudo que respira. Ele é nosso Pai; poderia um dia nos esquecer?

Feliz aquele que sabe ler o grande livro do universo! Ele será justo e bom. Dominado pelo pensamento da onipotência de Deus, terá puro o coração, generosa a mão. Sua vida será santa, possuirá paz inalterável, seu rosto será sereno, bela a sua morte, gloriosa sua eternidade. Feliz quem sabe ler o grande livro do universo! (1918, 8 de dezembro, Parma – Catedral, Homilia “Creatorem cœli et terræ”; FCT 17, 169-170)



2          "Todos os seres, em uníssono, nos convidam a prestar honra e glória ao nome daquele Deus, do qual todos procedem e a quem todos, tendo cumprido fielmente sua jornada, alegremente retornam, em um movimento harmonioso e solene. Todas as coisas são como um espelho no qual se refletem, de certo modo, a infinita beleza e bondade do Senhor, cada uma tendo uma linguagem que ressoa, com admirável variedade e concordância, no curso do universo. Narram a glória de Deus os céus – Cœli enarrant gloriam Dei[7], e as flores dos campos e dos vales respondem às melodias do firmamento. O sol e a lua, as montanhas e os mares soltam seu majestoso cântico, e o ar, a luz, as florestas e os prados verdejantes falam de Deus, do Deus que tudo move, cuja glória penetra todas as coisas e em todas resplandece, a Ele respondendo a criação, em um arrebatamento de felicidade
divina, obediente como a harpa do artista.


Oh, quão verdadeiramente admirável é o nome de Deus sobre a terra – quam admirabile est nomen tuum in universa terra![8]. Sim, de cada ser, das estrelas que brilham para alegrar a noite, da luz que, rápida, chove para despertar, em todos os lugares, milhares e milhares de variegadas cores, do ar que respiramos, da terra que nos produz os frutos necessários para o sustento, da água que mata a sede, das próprias pedras que, unidas e compactas, preparam-nos um lugar para habitarmos e repousarmos, de tudo, irrompe a enfática exortação: sit nomen Domini benedictum – seja bendito o nome do Senhor![9].



E o homem, feito à imagem e semelhança de Deus, o homem, a única criatura visível com o poder de entender a arcana linguagem das coisas - criadas para ele e todas resumidas nele -, de que modo responde ao contínuo e forte convite de tudo o que está acima dele, ao seu redor e dentro dele? Se, dos três reinos da natureza, mineral, vegetal e animal, sai perenemente o louvor do mundo – bendito seja Deus! –, o homem, soberano dos três reinos, solta a voz de acordo com sua própria origem e grandeza? A resposta, irmãos e filhos caríssimos, é muito óbvia, mas ao mesmo tempo, quão entristecedora! Neste ponto, toda a poesia da criação parece subitamente cessar, e a alegria do universo parece se cobrir tristemente com um véu, como no dia em que se consumou a morte do Filho de Deus." (1916, 8 de dezembro, Parma - Homilia “Blasfêmia e turpilóquio”; FCT 24, 95-96



3          "E aonde vai Bento? Vedes, lá perto de Subiaco, aquela gruta cavado na pedra viva, acima de uma pequena torrente que corre no fundo do grande vale, todo rodeado de despenhadeiros íngremes que o tornam quase inacessível? Ele se retira para longe do tumulto do mundo naquela horrenda toca, mais apropriada às feras que aos homens, para ficar em íntima comunicação com seu Deus. Dois livros estão abertos perante seus olhos: o grande livro da natureza, que lhe fala continuamente da sabedoria, do poder e da bondade do Criador, convidando a louvá-lo; e o grande livro do Evangelho, sobre cujas páginas, divinamente simples e sublimes, ele vai moldando o espírito segundo os exemplos do tipo e modelo divino dos predestinados: Jesus Cristo." (1912, 21 de março, Parma – Mosteiro S. João, Homilia “São Bento de Nórcia”; FCT 19, 111)

A criação revela a harmonia e poesia do Criador
 4          "A criação é como que um magnífico concerto, no qual todas as vozes estão em perfeita harmonia; os seres criados entendem-se reciprocamente, dão testemunho uns aos outros, e se comunicam de um extremo ao outro do universo. Nada há de isolado no mundo, desde a grama que pisais e o sol que derrama torrentes de sua luz e calor, desde o inseto que se esconde entre os ramos até o maior dos astros, que dá voltas na infinidade do espaço, existe uma ligação misteriosa, apesar de não conhecida. Ora, esta lei de união que governa o mundo físico, governa também o mundo das almas cristãs, santificadas por Jesus Cristo e viventes de sua vida. Entre os astros domina a lei da atração, e o sol é o seu centro. Existe também a força de atração das almas, tendo Jesus Cristo como sua fonte calorosa, o qual transmite a todas a luz, o calor, a vida." (1920, 8 de dezembro, Parma – Catedral, Homilia “Credo sanctorum communionem”; FCT 17, 344-345)




5          "Assim falavam os santos, para quem o universo era um livro aberto que continuamente lhes falava das maravilhas do Criador.


Eles bem ouviam toda a sublime poesia da criação, que os elevava da terra para o céu. Ouviam-na, como a ouvia Jesus de Nazaré que, da humilde gruta de Belém, das beiras dos lagos, das colinas da Galiléia sombreadas de sicômoros e de terebintos, do alto de sua cruz sobre o Gólgota, fazia ressoar o grito: “Glória a Deus, ao Pai celeste que veste os lírios do campo e nutre os pássaros do céu, e muito mais cuida do homem, obra-prima da admirável criação”. Os santos ouviam essa sublime poesia, como a ouviu o pobrezinho de Assis, o grande santo, todo seráfico em ardor, que via Deus em tudo e por isso teve um sentimento de ternura para com tudo; tanto para as almas quanto para as coisas, porque das coisas e das almas subia a Deus, que as havia criado. Nessas, como naquelas, via a imagem de Deus, o reflexo da beleza e da bondade suprema; em tudo via as pegadas da divina paternidade. Por isso, sentia-se unido a tudo por um vínculo de amor fraterno, desde o irmão sol até a irmã morte, desde os irmãos pássaros do céu até o irmão lobo.


Ele amava tudo na natureza, e tudo lhe respondia com um sorriso, com um hino de amor. Soltava seu entusiasmo naquele Canto das Criaturas, gentil primícia da poesia do idioma italiano, que sempre provocou a admiração de quantos sabem apreciar também a ingênua beleza das flores campestres: “Louvado sejas, meu Senhor, com todas as tuas criaturas: teu é o louvor, a glória e a honra et omni benedictione” Nós também, irmãos e filhos caríssimos, na condição de seres razoáveis e muito mais como cristãos, devemos ver a Deus em tudo, e todas as coisas segundo Deus e por Deus, porque este é o primeiro dever de nossa inteligência. É preciso em todas as circunstâncias termos presente em nosso espírito a visão de Deus, que conduzirá nossos passos na retidão e estaremos, pois, na verdade, representada pelo cumprimento das obrigações e da vida de nossa inteligência, feita para a verdade. De fato, Deus é a verdade substancial, e são as suas idéias que formam a verdade das coisas, que não são verdadeiras senão quando configuradas às idéias divinas. Possuir a verdade equivale a conhecer Deus e suas idéias; ver Deus em si próprio e nas coisas.


Enxergá-lo dentro de si mesmo, no clarão nebuloso da fé. Vê-lo nas coisas que nos falam dele, porque o lado totalmente verdadeiro das criaturas é precisamente aquele que glorifica a Deus, sendo este o destino essencial das criaturas e a razão fundamental de sua existência, a grande e plena verdade das coisas e sua atitude de revelar as grandezas de Deus. Quando olhamos a partir desta perspectiva possuímos a verdade, que é a lei e vida de nosso espírito. E se tivermos a verdade no espírito, teremos também a caridade no coração, cumprindo o primeiro e máximo preceito da caridade, expresso em termos intraduzíveis pelo Apóstolo dos Gentios, naquelas palavras que dirigiu aos Efésios: Veritatem facientes in charitate[10] ." (1918, 15 de agosto, Parma – Catedral, Homilia “Credo in unum Deum”; FCT 17, 145-146)

 6          "Ó Pai celeste, seja mil vezes bendita a onipotente bondade com a qual derramastes, em cada lugar, o bem, a beleza, o ser, a vida! Estrelas da tarde e da manhã, montanhas, florestas, vales fecundos, mares imensos, rios, riachos e orvalhos, monstros do abismo, ágeis habitantes do ar, hóspedes selvagens do deserto, rebanhos tímidos e dóceis de nossas planícies, pela boca do homem, filho de Deus, repitam, cantem: Pater noster – Pai nosso![11].'" (1917, 14 de janeiro, Parma – Catedral, Homilia “Pater noster”; FCT 17, 8)



A criação leva a descobrir a ação e as perfeições divinas
 7         "A Sagrada Escritura está repleta de seus louvores e deste divino atributo (Pai), que é o único lembrado no símbolo apostólico por ser, de certa maneira, o mais palpável, aquele que melhor que qualquer outro podemos constatar. Poderíamos dizer que eles penetram nossa alma por meio de cada um dos sentidos e se impõem, pelo admirável fato de surgir, antes de todos, o fato da existência deste incrível universo o qual, com justiça, nos deixa pasmados, arrancando-nos expressões de admiração. Ele nos convence de nossa fraqueza, colocando-nos em nosso lugar e servindo como ponto de partida para redescobrirmos, uma após outra, todas as perfeições divinas." ( 1918, 1º de novembro, Parma – Catedral, Homilia “Patrem Omnipotentem”; FCT 17, 155)



8          "Faltando os livros, todas as criaturas podem nos instruir: não há erva do campo, não há flor que não nos diga: vós ressuscitareis. Vós ressuscitareis: eis o que a Igreja proclama também, por meio da voz eloqüente de suas cerimônias." (1921, 27 de março, Parma – Catedral, Homilia “Credo vitam æternam”; FCT 17, 391)

O universo, criado para o gozo do homem
 9         "Plasmemos seus corações segundo nobres ideais e elevemo-los ao céu, a Deus. Não devemos impedir a pessoa alguma o honesto gozo dos bens temporais; aliás, devemos trabalhar para que também os deserdados alcancem sorte melhor. Entretanto, é nosso dever mais importante fazer com que todos passem por entre os bens terrenos sem perder os da eternidade; que ninguém perca a Deus por causa das criaturas, e que ninguém encontre a perdição da alma por causa do bem-estar do corpo, ou, em função da vida presente, esqueça-se da futura." (1921, 1º de janeiro, Parma – Catedral, Homilia “Credo carnis resurrectionem”; FCT 17, 376)
Foto do nascer do sol no Rio Solimões - julho/2019
10        "Nunca nos esqueçamos de que somos imortais, não pertencemos ao tempo, mas à eternidade. Portanto, não devemos trabalhar para o tempo, e sim para a eternidade; a ela devemos, pois, fazer servir todas as criaturas que nos rodeiam, para nosso benefício direto. Elas não são mais que outros tantos meios dados a nós por Deus para alcançarmos nossos supremos destinos; não são que outros tantos degraus da escada pela qual devemos subir à eternidade, e tudo o que nos separa disso é vão e prejudicial. Não pertencemos ao tempo e sim à eternidade, portanto, nada deve nos perturbar.
Deus vê no mundo tantas desordens e as tolera; ouve as blasfêmias dos ímpios e se cala; permite que sua Igreja seja perseguida, humilhada, e que seus inimigos triunfem e se sentem nos primeiros lugares no governo dos estados. Ele é paciente no tempo, porque tem consigo a eternidade." (1921, 14 de janeiro, Parma – Catedral, Homilia “Credo vitam æternam”; FCT 17, 389)

O homem pode arruinar a beleza e a harmonia da criação
11     "E somos nós, homens, exatamente aqueles que, movidos pelo espírito de rebeldia, não obedecem à divina Vontade; exatamente nós, que alteramos a harmonia maravilhosa do universo e maculamos a beleza do mundo. O homem não quer obedecer porque, quando apaga em si mesmo o nome de seu Pai, o substitui pelo pobre, pelo miserável eu. E uma vez que não mais sente como se apenas naquela santa Vontade estivesse a vida da alma, procura somente a própria satisfação, violando a lei. E quando pensava encontrar a vida, encontra a morte, porque se fecha em si, odiando a Deus, a quem ultrajou, no abismo espantoso chamado pecado. Desta forma, perdemos a força de fazer a vontade de Deus e a luz que nos permite vê-la. Nós não somos mais livres, tornamo-nos escravos da paixão que seguimos, da coisa que preferimos em lugar de Deus. Conscientes de nossa maldade, da desordem de nossa natureza, precisamos, pois, pedir a Deus: seja feita em nós a tua vontade – fiat voluntas tua![12](1917, 1º de novembro, Parma – Catedral, Homilia “Fiat voluntas tua”; FCT 17, 45)

12        "O homem, somente o homem, constitui a nota desafinada no cântico de louvor que todas as criaturas entoam a seu Senhor. Apenas o homem tem coragem de levantar a voz contra Deus e lançar-lhe palavras de insulto, de ofensa e de maldição. O homem, criado por Deus com um gesto de infinito amor e por Ele dotado de inestimável valor: a razão; dotado do precioso dom da palavra, ou seja, da estupenda faculdade de realizar, externar e como que encarnar o verbo de sua alma, traduzindo, com vozes articuladas, os conceitos da mente, os sentimentos de seu coração; o homem, que, além disso, foi elevado por Deus ao plano sobrenatural, foi adotado como Seu filho, feito membro do místico Corpo de Cristo, ou chamado a tomar parte nos celestes carismas dos quais é guardiã e dispensadora a Igreja, e destinado a possuir um reino eterno; o homem, o cristão, em poucas palavras, que vive entre os mais grandiosos benefícios de seu Criador e Redentor, no próprio ato que o sustenta, o beneficia, o culmina com Suas graças, tem a ousadia, tomado por horrível revolta, de proferir contra Ele a indevida, a obscena, a ímpia palavra da blasfêmia!" (1916, 8 de dezembro. Parma – Catedral, Homilia “Blasfêmia e turpilóquio”; FCT 24, 96)



13        "A tudo o que o universo realiza, em um hino de louvor e de agradecimento ao Senhor, o homem, que foi por Ele constituído rei da criação, deverá ficar indiferente, insensível em meio ao concerto universal, viver esquecido do seu Criador, a quem tudo deve e cantar, assim, a nota, mais desafinada e estridente? Não dobrará a fronte perante a divina Majestade, não desatará sua língua na oração, não assistirá ao ato litúrgico por excelência, que é Sacrifício de nossos Altares, enfim, não prestará a Deus a homenagem a Ele devida? E para cumprir esses solenes deveres, considerará demais suspender, por um dia, os trabalhos da oficina, do comércio, do campo? Como o Senhor foi bom para nós! Ele, que poderia ter exigido para si todos os dias de nossa vida, dá-se por satisfeito com um único dia por semana." (1926, 5 de fevereiro, Parma, Carta pastoral “Observância dos dias santos”; FCT 28, 226-227)


REFLEXÃO
  • Diante do grande Dom recebido de Deus, a Natureza, como a tratamos? Conseguimos olhar e perceber a ação divina contida nela?
  • Como cuidamos do meio ambiente?
  • Me preocupo com o que acontece em outros locais do nosso País ou no mundo? Possuo ações que visam cuidar do meio ambiente em minha casa, no trabalho?
  • Que outras preocupações você consideraria importante nessa discussão sobre a crise ambiental?
  • Papa Francisco escreveu uma enciclíca chamada Laudato si, sobre o cuidado com a casa comum, você conhece essa enciclíca? Caso conheça concorda com o Papa de que a terra, nossa casa comum, corre sério risco de ser arruinada?
  • Como membro de uma comunidade global, de que forma você acha que a sua visão de uma vida satisfatória é afetada pela necessidade de constantemente adquirir e acumular produtos de alta tecnologia?
  • Qual caminho seguir na preservação ambiental num mundo moderno em que não há maneiras de retroceder em condição de vida?
  • Em suma todos os questionamentos acerca dos problemas ambientais devem ser encarados de forma coletiva, pois não é só o poder governamental que deve ter compromisso, mas sim todos os cidadãos podem participar cada um fazendo sua parte, concorda com esta afirmação?
DÚVIDAS e SUGESTÕES
Enviar email para: Leigos Missionários Xaverianos - lmxaverianos@gmail.com 
REFERÊNCIAS: 
[1] 1917, 1º de novembro, Parma - Catedral, Homilia “Fiat voluntas tua”; FCT 17,44.
[2] 1903, 21 de dezembro, Ravenna - Discurso aos seminaristas da cidade “Amor ao estudo”; FCT 12, 818. Mons. Conforti está discursando aos seminaristas da cidade, durante colação de grau.
[3] Guido M. Conforti, já desde os tempos de seminário, havia se inscrito entre os Terciários Franciscanos. Temos até hoje o documento que atesta sua tomada do hábito franciscano (17 de dezembro de 1887) e respectiva admissão no Noviciado, com posterior profissão (FCT 6, 450; 584; 5, 46). Uma vez padre e bispo, ele se refugiava frequentemente em lugares franciscanos. Por exemplo, ele fez a última revisão das Constituições, em 1921, em La Verna (Perugia), ali permanecendo por mais de um mês. No mesmo lugar onde Francisco recebeu os estigmas, escreveu o texto sobre o Santo de Assis, publicado na “Palavra do Pai”, em agosto de 1918, do “Vida Nossa”, p. 61.
[4] Mons. Conforti não fala da preservação da natureza nos termos usados hoje pelos movimentos ecológicos. Contudo, sua contemplação extasiada da natureza assentou sólidos alicerces para a preservação dela. Temos exemplos e mais exemplos interessantes, como o de não permitir o corte de árvores na casa xaveriana de Vicenza, a fundação do museu chinês, bem como do edifício da Casa Mãe e do Seminário Menor, que figuravam entre os mais bonitos da época e pelos quais recebeu críticas até por parte de colegas sacerdotes. É interessante notar que na primeira casa do Instituto, em Borgo Leon d´Oro 12, faltando espaço para um jardim interno, ele mandou pintar, na parede, um jardim.
[5] Quando lista as virtudes dos Santos dos quais faz o panegírico, mons. Conforti frequentemente lembra a capacidade de ler «o grande livro da criação». De Teresa de Lisieux dirá, como elogio, que «havia recebido uma alma eminentemente poética e sabia ler o grande livro da criação» (FCT 28,112). Vê João da Cruz, em êxtase, falar de Deus, quando contempla a criação (FCT 28, 148).
[6] Mons. Conforti, ao consagrar a Igreja de Traversetolo, em 4 de agosto de 1929, diz: “Sei bem que todo o universo é um templo, um templo grandioso que tem por abóbada o firmamento, por luzes, os astros do céu, por pavimento, a terra. Mas era necessário um outro Templo, onde o homem pudesse sentir a presença de Deus mais de perto, no qual o homem se encontrasse em íntima comunicação com Deus, e este Templo, são exatamente nossas Igrejas. Tudo nelas fala de Deus: suas linhas, o perfume do incenso, as harmonias dos cantos e dos sons, a majestade das cerimônias. Sim, nas nossas Igrejas nos sentimos elevados da terra até o céu. É no Templo que o cristão é restaurado para a vida da graça. Recebe o espírito de fortaleza que o prepara para as lutas da vida, desfruta do Pão dos Anjos, consegue a reconciliação e o perdão, são abençoadas as núpcias” (FCT 28, 162-163).
[7] Sl 19,2.
[8] Sl 9-10: Eu te celebro, Iahweh, de todo o coração, proclamo todas as tuas maravilhas!
[9] Sl 113,2.
[10] Ef 4,15: “Vivendo segundo a verdade na caridade...”
[11] O mesmo texto é repetido por Conforti na Homilia “Patrem Omnipotentem”.
[12] Mt 6,10.

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

VI ENCONTRO DE PARTILHA DE CARISMAS

Leigos e Leigas, agentes transformadores na Igreja e na sociedade.

Cada vez mais os leigos e leigas entendem que sua tarefa se dirige sobretudo para as periferias do mundo, em resposta ao apelo de Jesus, para que saiamos ao encontro dos povos, sobretudo dos mais necessitados. Leigas e leigos comprometidos com diversos carismas têm feito uma linda experiência de comunhão, espiritualidade e sentido de missão desde que a CRB-PR promoveu o primeiro Encontro de Partilha de Carismas em 2014. O Laicato Xaveriano Brasil Sul, têm participado desde o começo das atividades ligadas à CRB-Paraná. Desde então um grupo foi criado em Curitiba, no início focado na preparação do Encontro seguinte. O grupo cresceu e se fortaleceu, com reuniões mensais, para partilhar a vida e aprofundar o conhecimento das diversas tradições carismáticas.  Este ano, como previsto no calendário da CRB, acontece o VI Encontro, em 31 de agosto, no Centro Cultural Conforti, Curitiba-PR dos Missionários Xaverianos. O tema escolhido a partir das sugestões dos participantes é: “A Mística da Missão Ad Gentes”; e o lema: “Ai de mim se não evangelizar” (1Cor 9,16). A assessoria será do Prof. Dr. André Luiz Azevedo, da PUCPR. Cada vez mais os leigos e leigas entendem que sua tarefa se dirige sobretudo para as periferias do mundo, em resposta ao apelo de Jesus, para que saiamos ao encontro dos povos, sobretudo dos mais necessitados.
Confira a Programação:
07h30 Acolhida e credenciamento
07h45 Animação
08h00 Momento orante
08H30 Assessoria – Prof.André
09h45 Intervalo – Cafezinho
10h15 Testemunho – Dóris – Missionários do Sagrado Coração (vídeo)
10h35 Dinâmica de grupos
11h35 Palavras de Dom Amilton
12h05 Intervalo – (ir para a paróquia onde será o almoço)
12h30 Almoço
13h30 Animação
13h45 Testemunho - Josefinos
14h05 Plenário e fechamento da palestra – Prof.André
15h25 Intervalo – Cafezinho
15h55 Testemunho - Xaverianos
16h15 Comunicações: CRB, Grupo Carismas, Encontro Inter Regional
17h00 Intervalo – dirigir-se à paróquia
17h30 Celebração Eucarística
18h30 Encerramento
Local: Centro Cultural Conforti - Rua Victorio Viezzer, 701 - Vista Alegre - Curitiba - PR
Taxa de inscrição: R$ 40,00 por pessoa, que inclui almoço e dois lanches. 
Antecipe a inscrição pelo link: https://bit.ly/2IGwTPN.
Para mais informações, entre em contato: (41) 3224-4031 / 3233-9228

sábado, 17 de agosto de 2019

(RE) PENSAR PARA CONTINUAR

Aconteceu neste final de semana, dia 17 de agosto de 2019 a segunda reunião anual do Laicato Brasil Sul (PR, SP e MG).

Em Hortolândia-SP no Seminário Xaveriano, a reunião tem como principal objetivo (re) ver a caminhada deste primeiro semestre e apontar, a partir do Plano de Ação,  os rumos para os próximos anos. Assuntos como as formações, visitas aos grupos, missões inter paroquiais, missão no Alto Solimões e as propostos dos grupos de trabalho (missão, formação e financeiro), foram temas da reunião. Nossa gratidão ao Pe Lucas Marandi que nos acolheu com muito carinho. Em Cristo Jesus fazer do mundo uma só família.

quinta-feira, 15 de agosto de 2019

SEMINÁRIO NACIONAL DA PJMP

O Seminário Nacional de Coordenadores, Militantes e Assessores da PJMP será realizado entre os dias 16, 17 e 18 agosto de 2019, na Diocese de Ruy Barbosa, especificamente na Paróquia de Santana, município de Ipirá – Bahia. O Seminário Nacional terá como tema central: De Puebla a Francisco, uma igreja em saída. A partir dessa temática será feito um caloroso debate sobre os caminhos feitos pela nossa Igreja, desde a 3º Conferência Geral do Episcopado Latino-Americana em Puebla até o pastoreio de nosso querido Papa Francisco. Também, outras temáticas em forma de oficinas dinamizarão o nosso seminário nacional, são elas:  Propaganda, Teatro popular, Formação de Lideranças, Mística e Espiritualidade, Leitura Popular da Bíblia e Danças Populares.
Na programação, contemplará um momento para o lançamento do nosso Plano Político Pastoral Missionário (PPPM 2019-2024). Documento que norteará a caminhada da PJMP para os próximos anos , auxiliando o serviço missionário  dentro dos grupos de jovens, coordenações paroquiais. diocesanas, estaduais, regionais e nacional.

PASTORAL DA JUVENTUDE DO MEIO POPULAR – PJMP
www.pjmp.org | PJMPNacional | @pjmpnacional | pjmp_nacional
Secretaria Nacional: Filipe Xavier | pjmpsecretaria@gmail.com





BRILHO DE DEUS NO OLHAR

Entre os dias 15 e 28 de julho de 2019, o Laicato Xaveriano esteve na Diocese de Alto Solimões, em visita às cidades de Tabatinga e Atalaia do Norte. Com o objetivo de conhecer um pouco a realidade, com fins de constituir uma casa de missão do Laicato Brasil Sul. Estiveram na visita a coordenadora Maria Angélica Kova Kovalhuk, Elizete da Aparecida Toledo e Berenice Deola.
Berenice relata: Muitas coisas me marcaram, porém uma gostaria de citar: as pessoas que conheci. Todas, sem exceção, muito bonitas, alegres , hospitaleiras. Trago no coração muitos sorrisos sinceros. Povo humilde e acolhedor. Com o brilho de Deus no olhar!
Quanto aos desafios, são realmente muitos e urgentes, entre eles , o trabalho com jovens e crianças. Vi a aflição da irmã Lozete com a pastoral da criança, pela falta de recursos e sem condições para atingir tantas crianças ainda sem assistência. Observei também a grande preocupação dos padre Zezinho e Alberto com relação aos jovens, maioria sem atividades significativa para a idade, portanto, vulneráveis a situações perigosas.
Outro grande desafio que  observei é a necessidade de se formar mais líderes para atuação nas comunidades.Os que nos foram apresentados são excelentes, porém um número bastante reduzido, tendo em vista a grande quantidade de pessoas lá existente  .
Como prioridade para a missão naquela região, ousaria dizer que seria então necessária a formação de mais bons líderes para então desenvolver  (dando continuidade ao trabalho já existente) projetos com jovens e crianças.
Por Berenice Deola.






sexta-feira, 12 de julho de 2019

ARRAIÁ DOS LEIGOS

Aconteceu no dia 09/07, mais um encontro/arraial das (os) leigas (os). Missionárias (os) Xaverianos (as) em Hortolândia-SP.

Na acolhedora residência de Iracilda e Edvaldo, iniciamos o momento celebrativo e a acolhida que citava que julho em nossa cultura é sempre um mês de festividades e sempre de muita reza, imbuídos do lema de São Guido Maria Conforti “O amor de Cristo nos impulsiona”, cantamos: ”Deus chama a gente para um momento novo”. Em seguida acolhemos o Evangelho Mt. 11,25-30 com a música: “Tua palavra é lâmpada para os meus pés, Senhor.” Após a leitura, optamos por um momento de partilha com a seguinte dinâmica: Os participantes em uma tira de papel, deveriam refletir através de uma palavra e expressar sua caminhada enquanto Leiga (o) Missionária (o) Xaveriana (o) e depois partilhar o sentido dessa palavra com o grupo.
Foram apresentadas as seguintes palavras: aprendizado; amizade; amor a missão missionária; conhecimento; compromisso e disponibilidade; uma só família, música/canto/oração; o amor e a temência a Deus; caminhada; coragem; acolhida; partilha; revitalizar a vida; motivação pelos leigos em momentos de desânimo; incentivar os leigos cristãos, a se preocuparem com os que ainda não conhecem o quanto Jesus nos ama; alegria por exercer o ministério leigo com amor e fé, aprendendo sobre São Francisco Xavier e São Guido Maria Conforti é o nosso grande objetivo. " Fazer do mundo uma só família.” Depois dessa partilha motivadora, cantamos o Pai Nosso dos Mártires juntamente com as orações, do Pai Nosso e Ave Maria.
Encerramos essa celebração com a Oração em louvor a São Guido Maria Conforti e o Abraço da Paz. Ovacionamos: Santo Antônio, São João, São Pedro, Nossa Senhora Aparecida e São Guido. Após, confraternizarmos com deliciosas iguarias juninas, contamos também com a participação dos Padres Lucas e Giovanni. “A missão se faz com os joelhos dos que rezam, com as mãos dos que ajudam e com os pés dos que partem.”
Por Rosana Borbalan - Leigos Missionários Xaverianos - Hortolândia - SP.
Veja mais fotos do alegre encontro:
















Ser leigo na Igreja hoje

De um modo geral, as pessoas podem entender (ou achar) que todos aqueles que participam de uma maneira ou outra da Igreja ou de alguma comun...