Ao celebrar a Solenidade da Santíssima Trindade os leigos missionários xaverianos são chamados a tornarem-se “SAL DA TERRA E LUZ DO MUNDO” (Mt 5,13-14), a guardar as leis dos Senhor (Dt 4, 4b-6,8-9), Deus se aproxima dos homens e mulheres, que em meios às agruras da vivência cristã, precisam da mão estendida do Senhor, assim como o fez para o povo de Israel, no cumprir os mandamentos o fazem, não como ordem a ser dada e sim como gesto de amor a ser doado. Deus Pai caminha com seu povo para conduzi-lo à Terra Prometida, não sem antes passar pelo deserto!
Na clara consciência de que Deus é o Senhor da História, também somos interpelados a não esquecer que Deus está ao lado de quem ama o direito e a justiça, quem pratica o perdão e a misericórdia (Sl 32).
Quando nos dirigimos a Deus como Pai (Rm 8, 14-17) nos lembramos que fazemos parte de uma família com muitos e diversos rostos, espalhados nos cinco continentes e que estes são nossos irmãos (Mt 23,8)!
Não estamos sozinhos na caminhada, temos conosco o Espírito Santo prometido por Jesus, ao estar ao lado do Pai (Mt 28, 16-20). Ao prostarem-se os onze se colocam em atitude de adoração à plenitude do Amor-Amado-Amante.
Mesmo diante de tantas e irrefutáveis provas de amor, alguns ainda duvidam (Mt 28, 17), não é surpresa para Jesus, que mesmo assim Jesus se aproxima (Mt 28,28), quer estar perto, próximo daqueles a quem ama! Na eminente manifestação de dúvida, não explícita no texto de Mateus, porém clara na ordem que é dada com autoridade e lhes concede autoridade e os envia!
Somos os incrédulos! Vamos aos poucos perdendo a esperança no Deus da Vida, vamos perdendo o fulgor que crepitava em nossos corações com o primeiro encontro com Jesus e somos surdos à ação do Espírito Santo!
No envio, na ação, no mover-se, se realiza a promessa da presença onisciente de Deus-Pai, Filho e Espírito Santo que pelo testemunho, doação de cada homem e mulher concretizam o Projeto do Reino de Deus!
É o desafio lançado inicialmente, não deixar perder o sabor, não iluminar o que já está sob a luz e sim dar sabor, “clarear” as negras noites da triste realidade que se agiganta neste, que é o milênio do ápice do desenvolvimento humano.
É nossa tarefa, nossa missão: ir à todos sem esquecer ninguém!