sexta-feira, 28 de abril de 2017

RECONHECERAM JESUS NO PARTIR DO PÃO

NO CAMINHO DE EMAÚS (Lucas 24,14-31)

1. De que estavam falando pelo caminho?

Duas pessoas andando pela estrada. Desanimadas. Tristes! Estavam indo na direção contrária. Fugindo. Buscando. Imagem de ontem e de hoje. Imagem de todos nós. No ano de 85, muitos discípulos e discípulas andavam pelo caminho, tristes, desanimados, sem saber se estavam no caminho certo. Parece que a cruz ficou maior e mais pesada. O desemprego, a violência, a droga, a falta de atenção séria à saúde e à educação, a falta de dinheiro, as dívidas… o desespero. Sentimo-nos impotentes frente à corrupção que desvia fundos dos cofres públicos, ou frente à má administração que deixa o povo no desamparo. O sistema neoliberal vai gerando cada dia mais exclusões de indivíduos, grupos e países. Parece que vivemos em um caos, em uma situação sem saída. Temos a impressão de estarmos caminhando ladeira abaixo, para o pior.

2. Tinham os olhos vendados

A experiência da morte de Jesus tinha sido tão dolorosa que eles perderam o
sentido de viver em comunidade, abandonaram o grupo de discípulos e discípulas. Sentiram-se impotentes diante do poder que matou Jesus e procuraram salvar pelo menos a própria pele. Sua frustração era tão grande, que nem reconheceram Jesus, quando este se aproximou e passou a caminhar com eles (24,15). Tinham um esquema rígido de interpretação sobre o Messias, e não puderam ver a salvação de Deus entrando em suas vidas. Algumas discípulas tentaram ajudar os companheiros a perceber que Jesus estava vivo (24,22-23). Mas eles se recusaram a acreditar (24,24). Esta notícia era por demais surpreendente. Era o mesmo que dizer que Jesus era o vencedor do caos e da morte. Só podia ser fantasia, sonho, delírio de mulheres (24,11). Impossível acreditar! Quando a dor e a indignação pegam forte, há pessoas que ficam depressivas, desesperadas. Outras se tornam coléricas e amargas. Algumas invocam o fim do mundo com catástrofes que vão tirar os maus da face da terra. Outras buscam evadir-se numa oração sem compromisso social e político. Mas nenhuma dessas posturas ajuda a abrir os olhos e analisar a situação com fé lúcida e responsável, capaz de inventar saídas para esta situação aparentemente sem saída.

3. A Bíblia esquentou o coração, mas não abriu os olhos

Caminhando com eles, sem eles se darem conta, Jesus fazia perguntas. Escutava as respostas com interesse. Dessa maneira, obrigava-os a irem fundo no motivo da sua tristeza e fuga. Procurava fazê-los expressar a frustração que sentiam. Depois, ia iluminando a situação com palavras da Escritura. Procurava situar os discípulos na história do povo, para que pudessem entender o momento que estavam vivendo. Foi uma experiência apaixonante. Mais tarde, eles iriam fazer uma reflexão e perceber que o coração deles ardia, quando Jesus lhes explicava as Escrituras pelo caminho (24,32). Mas a explicação que Jesus dava a partir das Escrituras não conseguiu abrir os olhos dos discípulos.

4. Eles o reconheceram na partilha do pão

Caminhando com Jesus, os discípulos sentiram o coração arder. Cresceu
dentro deles uma atitude de acolhida: “Fica conosco! Cai a tarde e o dia já declina” (24,29). Foi só então que a partilha aconteceu. Partilha de vida, de oração e de pão. Partilha que abriu os olhos e provocou a mais importante descoberta da fé: ele está vivo, no meio de nós! (24,30-31). Esta descoberta lhes deu forças para voltar a Jerusalém, mesmo de noite. Tinham pressa de partilhar com os outros a descoberta que os fez renascer e ter coragem para enfrentar o poder da morte. Sim, Jesus era de fato o vencedor do caos e da morte! Não era fantasia das mulheres. Era uma realidade escondida, misteriosa, que só pode ser descoberta por quem aprende a partilhar, a se entregar, a sair do círculo vicioso dos interesses egoístas, para lutar junto com os outros pela vida de todos. Quando seus olhos se abriram, livres das trevas e travas por poder dominante, puderam descobrir a morte de Jesus como expressão máxima de um amor sem limites. Amor que tem sua origem no Pai cheio de ternura, gerador incansável da vida. Amor que tomou carne em Jesus de Nazaré para visitar e redimir a humanidade. Amor que se mantém fiel até ao extremo de dar a própria vida, para que todos tenham vida (Jo 10,10). Amor que foi confirmado pelo Pai, quando ressuscitou Jesus da morte.

5. Renascer para uma nova esperança

Esta experiência fez os discípulos renascerem para uma nova esperança. Ao redor de Jesus vivo, eles se uniram de novo e assumiram o projeto de vida para todos. A esperança é como um motor que leva a acreditar nos outros e a inventar práticas de fé. Com a esperança renovada, aquilo que parecia uma total impossibilidade passou a ter um novo significado para eles. Perderam o medo, superaram a experiência de incapacidade e de impotência. Deixaram de lado o negativismo derrotista e voltaram, em plena noite, como se fosse de dia. Voltaram para recomeçar, para reconstruir a comunidade, expressão, sinal e sacramento da presença de Jesus Ressuscitado.

6. Refazer hoje a experiência do caminho de Emaús

Desafiados pela atual conjuntura, somos chamados a viver hoje a experiência de Emaús e descobrir, na partilha solidária, a presença de Deus no meio de
nós. Como comunidade de fé, somos chamados a reconstruir, no diálogo, na abertura e na acolhida, o projeto de Jesus, pelo qual ele entregou sua própria vida. A solidariedade leva à descoberta da força libertadora de Deus na história. Com olhar lúcido e criativo procuraremos expressar esta fé numa solidariedade bem concreta e articulada, seja em nível de grupo, de bairro ou de cidade. Dizer articulada quer dizer que esta ação solidária deve ser comunitária. Só assim será de fato sinal do Reino e poderá intervir em favor da vida, da vida indefesa dos pobres, os preferidos de Jesus.
Mesters e Lopes
Fonte: Trecho retirado do livro O avesso é o lado certo, publicado pelo CEBI.


terça-feira, 25 de abril de 2017

Ganhadora da Rifa em favor do Projeto Alto Solimões

E neste mês conhecemos a ganhadora da rifa em favor do Projeto Alto Solimões-AM. 
Uma leiga missionária atuante da cidade de Coronel Fabriciano-MG foi a contemplada com um Smartphone Samsung J7 com a centena do primeiro prêmio da Loteria Federal 5171 do dia 15/04/2017 - número 405.
Ela ficou imensamente feliz em ganhar o prêmio e agradeceu fazer parte desta grande família xaveriana. Maria Helena Tomas Tomé não tinha celular.
O prêmio foi enviado via Correios e deve chegar em breve.

Agradecemos a todos que venderam os talões da rifa e a todos os que adquiriram números participando desta Ação Entre Amigos.
Pedimos a Deus que abençoe a todos que participaram, vendendo e comprando e também ao doador do prêmio, que preferiu não se identificar.

Vamos todos pedir que pela intercessão de São Guido Maria Conforti seja possível em breve realizar o sonho do primeiro envio missionário para o Alto Solimões-AM.

Obs.: o segundo e terceiro prêmios não foram contemplados, pois não foram vendidos.


 leigosmxaverianos@gmail.com

sábado, 15 de abril de 2017

ELE ESTÁ VIVO!


Jesus Cristo vive, Aleluia! Aleluia! Aleluia!
Ele está entre nós!
Ele nos ensinou que o amor vence o ódio, que o perdão é curativo e a paz é fruto da justiça!


Vazio está o sepulcro, Maria Madalena testemunhou e corre ao encontro dos apóstolos, alegremente, por isso: Alegrai-vos! Ele Vive!
Ainda teremos a caminhada da compreensão plena como dos apóstolos e ao fim diremos como os discípulos de Emaús: fica conosco Senhor, que é tarde e a noite já vem. Fica conosco, pois nada somos sem Ti! Fica conosco pois nossas forças são incapazes contra o mal que ronda cada um dos seus filhos(as)!  Ó Cristo ressuscitado razão da nossa fé, ajudai-nos! Fica conosco!


A Jesus pedimos o alívio dos sofrimentos de tantos irmãos nossos perseguidos por causa do seu nome, bem como de todos aqueles que sofrem injustamente as consequências dos conflitos, das violências e das guerras em curso, da fome e da miséria.
Paz, fraternidade, justiça é o que Deus quer para a Humanidade, isso foi provado na cruz redentora de Cristo, seu Filho Amado.








Veja artigo em: http://www.xaverianos.org.br/por-que-mataram-jesus-por-que-morreu/que Ignacio Ellacuría, filósofo ajuda-nos a entender o propósito e estabelecer a relação de Jesus com a história e como esta é essencial para a compreensão e a realização do cristianismo, assim como para a realização e a compreensão da história.

Ser leigo na Igreja hoje

De um modo geral, as pessoas podem entender (ou achar) que todos aqueles que participam de uma maneira ou outra da Igreja ou de alguma comun...