RESSURREIÇÃO E PERTENÇA À
IGREJA
Amados irmãos e irmãs, a Igreja é a comunidade dos que crêem no ressuscitado.
Estar em comunhão com a Igreja é estar em comunhão com os apóstolos que
anunciaram ao mundo a ressurreição do Senhor. E uma vez que me coloco nesta
comunhão “com um só coração e uma só alma” (At 4, 32-35), também me torno uma
testemunha do ressuscitado.
Crer
na ressurreição implica numa comunhão profunda, afetiva (com o coração) e
efetiva (prática) com a Igreja. Ou seja, não dá para ser Igreja sem estar em
comunhão com ela. E estar em comunhão com a Igreja é estar em comunhão com o
ressuscitado.
De modo que nossa pertença à Igreja não pode estar reduzida a uma mera busca de
sacramentos e interesses pessoais. Minha pertença à Igreja tem que ser afetiva,
é preciso ter paixão pela Igreja, amar a Igreja, conhecer a Igreja, servir a
Igreja, porque nela eu me encontro com Jesus Cristo. No coração de cada
católico deveria bater o mesmo coração da Igreja. Minha pertença à Igreja
tem que ser também efetiva. Ou seja, tenho que estar comprometido com a Igreja,
com os seus trabalhos de evangelização, com seu sustento. A Igreja não pode ser
preocupação apenas do padre ou daqueles que estão inseridos nas pastorais e nas
pequenas comunidades. A Igreja deve ser preocupação de todo batizado. Se assim
nos dispormos, de fato a Igreja cumprirá sua missão no mundo.
A experiência com O Ressuscitado deve nos libertar de nossos medos. Medo de ser
cristão, medo de evangelizar, medo de servir, medo de anunciar. Medo,
covardia, é o que nos impede de servir o Senhor na sua Igreja. Olha os
discípulos, estavam paralisados pelo medo (Jo 20,19s), pois a hostilidade do
mundo era grande. Porém, quando Jesus se coloca no meio deles, eles se alegram
e o Senhor os envia: “Como o Pai me enviou,
também eu vos envio” (Jo 20, 21). Neste envio a Igreja recebe a
missão de evangelizar o mundo.
Por fim, vejamos os passos percorridos pelos apóstolos até terem a coragem de
anunciar Jesus Cristo ressuscitado ao mundo. Primeiro a experiência do medo,
depois a alegria de encontrarem o Senhor. O Senhor os envia, o Senhor lhes dá o
dom do Espírito e os envia ao mundo com a missão de evangelizar. Este mesmo
processo deve acontecer na vida de cada batizado. Se não nos tornamos católicos
militantes é porque ainda não tomamos posse do poder do Espírito derramado
sobre nós. Se tomamos posse desse dom e mesmo assim não somos militantes,
estamos enterrando os talentos que Deus nos deu, dos quais nos será pedido
contas um dia. Portanto, não tenhais medo, tornai-vos uma testemunha do
ressuscitado no mundo.
Vista a
camisa de sua Comunidade Cristã!
Pertença de verdade à sua Igreja !
Assuma a
sua identidade de cristão católico!
Feliz Páscoa!
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