domingo, 31 de março de 2019

COMPROMISSO

Aconteceu neste domingo, 31 de março de 2019, a Renovação do Compromisso Missionário dos Leigos Missionários Xaverianos em Coronel Fabriciano - MG.

Leigos Missionários Xaverianos de Coronel Fabriciano-MG e Pe Thiago Rodrigues

O Compromisso Missionário é realizado pelos leigos(as) que participam efetivamente dos grupos de base e no mínimo depois de um ano, sendo precedido de Retiro de Preparação e na medida do possível que se dê na presença de um sacerdote xaveriano que acolhe o compromisso e diante da comunidade/paróquia onde a maioria dos membros participa.

Em Coronel Fabriciano foi diante do Pe Thiago Rodrigues, sacerdote xaveriano, que nesta data na Comunidade São Guido Maria Conforti deram seu SIM, agora por um período um pouco maior: 3 anos. Uma vez que já o fizeram por 5 anos como pede nossa Regra de Vida.


Ao realizar o compromisso os leigos(as) xaverianos(as), que efetivamente participam dos grupos de base reafirmam suas motivações de procurar viver, amar e servir Cristo em tudo e em todos no Carisma Xaveriano de Fazer do Mundo uma só Família.

O principal gesto é o SIM a viver uma radicalidade dos valores evangélicos especialmente o de ajudar na construção de um mundo fraterno. Desejamos continuem firmes na caminhada com a graça de Deus e sob a intercessão de Nossa Senhora.

sábado, 30 de março de 2019

Fazer a diferença

30.03.2019: 154 anos de nascimento de SÃO GUIDO MARIA CONFORTI, nasceu para fazer a diferença em sua família, em sua realidade local e deixou um legado de santidade, amor e testemunho à Igreja e ao mundo.
 Nasceu em Parma, na Itália, em 30 de março de 1865.
No breve trajeto rumo à escola, o pequeno Guido sempre entrava em uma igrejinha para olhar o Crucifixo que dominava o altar. Aos pés daquele crucifixo brota a vocação missionária, dizia São Guido:
- Ele parecia que me dizia muitas coisas! Eu olhava para Ele e Ele olhava para mim!
Ali nasce a vocação de Guido Maria. Logo se apaixona pela vida e pela obra de São Francisco Xavier e planeja continuar sua missão: ir para a China. Com saúde muito frágil, porém, não realiza seu sonho. Somente uma graça de Nossa Senhora possibilita a sua ordenação sacerdotal, em 1888.
Em 1895, Conforti, com apenas 30 anos de idade, sob inspiração divina e ação do Espírito Santo funda a Congregação dos Missionários Xaverianos. Com a herança recebida após a morte do pai, compra uma casa onde reúne um grupo de 17 seminaristas. São Guido está disposto a dar o melhor de si mesmo e foi o que fez!
Em 1902, é nomeado arcebispo de Ravenna (1902-1905) e, em seguida, bispo de Parma (1907 – 1931). Ele é um guia exemplar e incansável de sua igreja, mas nunca esquece de ser bispo para o mundo todo. Dedica-se com todas as forças à formação de seus missionários, ao envio deles para a China e ao crescimento da consciência missionária além-fronteiras no clero de toda Itália.
Em 1928, vai à China visitar os seus missionários, peregrina por todos os postos mais avançados onde os seus filhos-sacerdotes trabalham.
Depois de uma vida dedicada inteiramente à missão, Conforti é chamado à Casa do Pai em 5 de novembro de 1931, data em que celebramos a festa do santo.
Sua vida foi um crescente deixar-se alcançar pelo Senhor que ele contemplava na natureza, no Crucificado e na Palavra. Inspirado no grande missionário São Francisco Xavier e em companhia de Nossa Senhora da Estrada ele viveu plenamente a missão evangelizadora da Igreja, nas três condições em que foi chamado a servir: como bispo no pastoreio da Igreja local, o compromisso com a missão “ad gentes” e a evangelização dos que perderam o sentido da fé.
Em 17 de março de 1996, o Papa João Paulo II o proclama bem-aventurado e no dia 23 de outubro de 2011, o Papa Bento XVI o proclama santo.

Celebramos o Dia de São Guido Maria Conforti dia 05 de novembro, dia em que nasceu para o céu.
Deixou para os leigos missionários xaverianos o testemunho de que é possível fazer a diferença, seja no pequeno, local e ousar lançar-se para águas mais profundas, afinal o desafio é FAZER DO MUNDO UMA SÓ FAMÍLIA NO AMOR!

AMOR


O Crucifixo é o grande livro sobre o qual formaram-se os Santos e sobre o qual nós também devemos formar-nos. Todos os ensinamentos contidos no Santo Evangelho encontram no Crucifixo a sua síntese. Ele nos fala com uma eloquência que não tem igual, a eloquência do sangue.
Infunde a humildade, a pureza, a mansidão, o desapego de todas as coisas da terra, a uniformidade à divina vontade e, sobretudo, o amor para com Deus e para com os irmãos. Por sua crucifixão Jesus reconciliou, consigo a humanidade com Deus e uniu entre si num único vínculo de amor todos os dispersos filhos do primeiro pai. Santo Afonso bem podia escrever aos pés de um Crucifixo estas palavras: assim se ama!
No mundo sobrenatural ele é o ponto mais elevado que patenteia ao olhar imensos horizontes. É o livro mais sublime sobre o qual devemos meditar continuamente para encontrar a razão suficiente para todas as questões da ordem moral. Nenhum outro livro pode falar com maior eficácia à nossa mente e ao nosso coração; nenhum outro livro pode fazer-nos conceber propósitos mais generosos e despertar em nós todas as energias necessárias para concretizá-los mesmo à custa das maiores renúncias e dos mais duros sacrifícios.
Por isso ao missionário, que parte para terras longínquas a fim de anunciar a Boa Nova, outra arma não é oferecida a não ser o Crucifixo, porque esta possui a força de Deus e por ela haverá de triunfar sobre tudo e sobre todos após ter triunfado sobre si mesmo.

terça-feira, 12 de março de 2019

O Laicato e o ministério da profecia



Autor Agenor Brighenti

O laicato na Igreja e no mundo

A missão dos leigos e leigas na Igreja e no mundo não é outra que a missão de todos os cristãos, incluídos o clero e os religiosos e religiosas. Ainda que haja diversidade de tarefas segundo a especificidade dos carismas dispensados pelo Espírito, a missão da Igreja como um todo é única – evangelizar, através do exercício do ministério da profecia, do sacerdócio e do serviço ao mundo. No Primeiro Testamento o que era atribuição de grupos distintos, Jesus reúne os três múnus e os confere como missão a cada batizado (LG 13).

O exercício do ministério da profecia pelo testemunho

O exercício do ministério da profecia Palavra começa pela acolhida e vivência pessoal e comunitária da Palavra de Deus. Vivência é, antes de tudo, dar testemunho (martyría) de uma vida cristã, condição para ser “luz do mundo” e “sal da terra”. Não combina com cristianismo uma vida morna. Muito menos com a Igreja, uma comunidade eclesial que não irradia o Evangelho pela vida. Por isso, a ação primeira para um laicato testemunha da Palavra é engajar-se numa pequena comunidade eclesial, inserida profeticamente na sociedade. É a vivência e a convivência com os irmãos na fé, que funda o testemunho cristão, a base de tudo. Segundo a Evangelii Nuntiandi, o testemunho é o primeiro meio de evangelização (EN 21). É falar de Deus sem falar, pois se trata antes de “mostrar” a fé pela vida que “demonstrá-la” com meras palavras.

O exercício do ministério da profecia pelo anúncio do Evangelho

A vivência da fé cristã, além de acolher e irradiar o Evangelho pelo testemunho, consiste também em anunciá-lo explicitamente. O Evangelho chega pelos olhos que veem o testemunho dos que creem, mas também pelos ouvidos que escutam as pessoas que o anunciam. A mensagem do Evangelho consiste em anunciar o Reino de Deus que Jesus inaugurou com sua presença e com sua obra – um Reino de Justiça, de Paz e de Amor, já anunciado pelos profetas. Trata-se de anunciar o Evangelho, com todo seu potencial profético e transformador, fazendo dele uma boa notícia aos que têm fome e sede de justiça, aos que choram e sofrem, aos misericordiosos e pacíficos… (Mt 5,1-2; Lc 6,20-23). Anunciar, sobretudo aos excluídos, que não estamos jogados à nossa própria sorte, à mercê das estruturas de pecado, que engendram dominação e morte. Que temos um Pai que nos criou para a felicidade com ele, que nos enviou seu Filho, vencedor do egoísmo pelo amor sem medida, para introduzir-nos em seu Reino. Que a Igreja continua a obra de Jesus e que ela quer ser esperança, sobretudo aos que esperam contra toda esperança. E que aquele que quiser terá na Igreja um espaço privilegiado para viver e edificar o Reino de Deus no mundo.

O exercício do ministério da profecia pela catequese

Precedida pela vivencia da fé no seio de uma comunidade eclesial (martyria) e pelo anúncio do Evangelho do Reino (kerigma), a catequese (didaskalia) é o momento da educação e da formação cristã, condição para ser profeta. Leigos e leigas catequisados, para serem também eles catequistas, a começar enquanto pais com seus filhos. Catequese é mais do que preparar-se para receber os sacramentos. Trata-se de um processo de iniciação à vida cristã, que precisa ser permanente, prolongando-se na catequese com adultos. Espaço privilegiado de formação na fé têm sido as comunidades eclesiais de base. Sua centralidade na Bíblia assegura uma catequese vivencial, através da qual os conteúdos são vistos em estreita relação com a vivência pessoal e comunitária. Felizmente, a Igreja na América Latina tem multiplicado os espaços de formação na fé, particularmente de capacitação mais esmerada dos catequistas.

O exercício do ministério da profecia pela teologia

Finalmente, o exercício do ministério da profecia desemboca na teologia (krísis), numa fé crítica, adulta, capaz de anunciar e denunciar. Na Igreja antiga, das escolas de catecumenato surgiram as escolas de teologia, pois se percebeu que o cristão precisava “dar razões à sua fé”. A privação do acesso dos cristãos em geral à teologia é uma das razões da milenar “infantilização do laicato” na Igreja. É na teologia que a fé encontra seu polo crítico, antídoto para devocionismos, emocionalismos e fundamentalismos e, sobretudo, para clericalismos, seja por parte do clero como de leigos clericalizados. Urge o aumento do número de leigos com formação teológica, também no âmbito acadêmico e profissional, em especial, de mulheres. O Documento de Aparecida frisa que o melhor dos esforços das paróquias e dos párocos seja canalizado para a formação do laicato (DAp 174).



sábado, 9 de março de 2019

Subsídio março/2019

PARÓQUIA:  REDE DE COMUNIDADES

(Por Pe. Pedro F. Bassini – Revista Pastoral)


“A conversão da Paróquia em comunidade de comunidades consiste em ampliar a formação de pequenas comunidades de discípulos convertidos pela Palavra de Deus e conscientes da urgência de viver em estado permanente de missão. O discípulo de Jesus Cristo percebe que a urgência da missão supõe desisntalar-se e ir ao encontro dos irmãos (Documento da CNBB, 100).
Suas características principais são:

a) Descentralização
b) Empoderamento dos fiéis
c) Ministerialidade
d) Consciência de pertença

e) Poder-serviço
f) Missionariedade

g) Transformação social

a) Descentralização (o conselho de Jetro a Moisés, Ex 18,13-27). A vida eclesial se desenvolve na comunidade, e a matriz, em sentido pastoral, torna-se apenas uma comunidade. Embora conserve o poder jurisdicional canônico, é apenas uma instituição jurídica e de serviço à rede de comunidades que a compõe em seu território prescrito. O poder não está centralizado na matriz e no pároco, e sim no conselho que rege a rede: o conselho pastoral paroquial, formado com representantes oficiais de cada comunidade, basicamente sua coordenação. As decisões são sempre colegiadas tanto para a rede como para cada comunidade, que conta com o seu conselho comunitário pastoral. Este é formado pelas forças vivas da comunidade: líderes nas pastorais, nos movimentos e nas associações de cunho tanto religioso quanto político-social. Essa descentralização compreende uma interdependência funcional das comunidades entre si e com o pároco, que se torna o animador da rede paroquial. Com isso, a comunidade torna-se sujeito na evangelização e não apenas objeto, em que um líder descarrega sua fala sobre o evangelho ou outro assunto qualquer de cunho religioso.

b) Empoderamento dos fiéis. Fica eliminada a clássica divisão clero-leigos: a Igreja ao clero, o mundo aos leigos. Todos os fiéis, exercendo a missão batismal, são corresponsáveis na evangelização, cada um no seu lugar e ministério, ordenado ou não ordenado, organizados para a funcionalidade do todo eclesial. Essa mentalidade gera o respeito a cada membro da comunidade, que se sente acolhido e integrado ao corpo comunitário e sabe do seu direito e do seu dever. Para isso, o plano de pastoral paroquial vai contemplar grande espaço de tempo para o estudo, favorecendo a formação em todos os níveis de organização do povo nas comunidades. Dessa forma, fica clara a visão do Vaticano II sobre a Igreja povo de Deus (LG=Luz para os povos 308). Do nível da assistência passa-se ao nível de participante, integrante, celebrante. A espiritualidade encarna na vida e será exercida em qualquer lugar e função que se desenvolva, pois o fiel é Igreja por onde ele passa, e

seu testemunho torna-se visível pelo seu comportamento vivencial. Cessa a dependência e se cria a intercomunhão, que possibilita o diálogo maduro em todos os níveis. Na dependência, funciona a submissão e a escravidão; só na autonomia a liberdade pode ser exercida. Nesse sentido, empoderamento é devolver ao outro o direito que ele tem de sustentar uma relação em nível de pessoa, com sua característica pessoal, ou seja, no seu jeito de ser.

c) Ministerialidade. Uma Igreja toda ela ministerial significa ir às fontes do cristianismo, resgatando o jeito de viver o evangelho nas primeiras comunidades e o adaptando às exigências reais deste tempo na sua culturalidade; mas o princípio é o mesmo, basta conferir as cartas apostólicas no que diz respeito à vida da comunidade. O exemplo disso é a comparação que o apóstolo Paulo faz da comunidade com o corpo (1Cor 12,12-31). Há uma variedade de membros, cada um com sua função definida, porém na unidade do corpo e todos os membros em prol do mesmo corpo. O corpo só funciona bem se seus membros estiverem funcionando bem. Cada um no seu posto e o todo vai bem. O diferente não atrapalha, mas complementa e desenvolve diferentemente uma função que completa a harmonia. Diferentes, mas todos igualmente importantes e respeitados em sua função. São ministérios de serviço e não resguardam privilégios, sentem-se realizados enquanto servem e o ganho final é sempre do corpo inteiro. O ministro não apresenta um show com base em seus talentos nem está interessado em aplausos que elevem seu orgulho pessoal. O que vale é o “com-junto” (junto com). Por ministério entendemos um serviço institucionalizado e continuado que faz existir a comunidade, pois todo ministério existe para a comunidade, ele é essencialmente comunitário, aí ele nasce e se desenvolve.

d) Consciência de pertença. O batismo insere a pessoa no seguimento de Cristo numa comunidade. Na Igreja primitiva, os convertidos passavam pelo batismo e daí em diante testemunhavam o Ressuscitado, mudavam seu comportamento vivencial e, mesmo que por causa desse modo de viver fossem levados ao martírio, dificilmente trocavam o comportamento, renegavam o nome recebido. “Vestiam a camisa”, defendiam a causa, propagavam com a própria vida e em qualquer ambiente testemunhavam. A fé modelava a vida. Essa é a MINHA comunidade; eu SOU essa comunidade. Se ela vai bem ou mal, depende também de mim, e, quando critico, é para fazê-la progredir. A consciência de pertença é o enraizamento da pessoa na comunidade; bem
enraizada, ela está segura e pode circular por vários ministérios e serviços sempre com a mesma disponibilidade e alegria. Como sinais concretos de pertença, podemos definir: a presença responsável, a frequência às atividades – celebrações e eventos –, o compromisso com o dízimo, a colaboração nas necessidades extraordinárias e o estudo para alargar os conhecimentos eclesiais.

e) Poder-serviço. Aqui, os membros da comunidade se embasam no testemunho de Cristo, que “não veio para ser servido, mas para servir e dar sua vida em resgate” (Mt 20,28). Estamos falando da autoridade moral, que se faz respeitar pela força interna da alma e não pela ditadura da lei ou pela força das armas. O poder-serviço nunca tem medo do diálogo e aceita na mesa de conversação qualquer tipo de assunto em busca do que seja melhor para a comunidade, sem, porém, abrir mão da ética e da caridade. O poder que não é serviço exclui assuntos e, para não sair do mando, foge. Aplica a lei com parcialidade para beneficiar-se das definições. Põe-se acima do bem e do mal, é sempre um juiz definidor. Mas Deus se fez serviço (Lc 17,10). Pelo poder-serviço nunca se buscam privilégios, ganhos ou lucros – “serve enquanto serve” e continuará sempre servindo, pois descobriu que nesse sistema está a alegria e toda a realização humana. Não é um trabalho com remuneração, mas é a aplicação da gratuidade na graça. Isso enobrece a alma.

f) Missionariedade. Na comunidade, a missão não é um ministério ou um serviço temporário que uma pessoa determinada desenvolve. É a razão de ser da comunidade. A missão da Igreja é evangelizar, e isso não significa só falar do evangelho. Toda a comunidade é missionária enquanto vive o evangelho no jeito de Jesus. Se alguém é designado para uma função fora da comunidade, nunca vai para mostrar seu talento pessoal. O que faz, o faz em nome da comunidade que o enviou. Normalmente, essas funções são desenvolvidas em duplas ou equipes, justamente para salientar o aspecto comunitário. Para ser missionário, primeiro se precisa ser discípulo. No discipulado está o aprendizado. Aprender a tomar a cruz de cada dia para estar seguro do
seguimento. Por isso, a teologia da cruz tem lugar de destaque na comunidade. Pois ela não se reúne para efetuar curas ou milagres nem para fazer shows. O seu marketing é a cruz da qual pendeu a salvação do mundo. A comunidade deve ser tão grande, que nela caibam todas as realidades existentes em seu território, inclusive afetivo, mas deve ser tão pequena, que todos os membros se conheçam e ninguém fique escondido ou excluído. Por isso, quando o número de fiéis aumenta muito, é hora de exercer a missão e fundar outra comunidade para não perder a irmandade. Com isso, multiplicam-se as lideranças, favorece-se a presença, expandem-se os sinais testemunhais. A comunidade é missionária em si mesma e para fora de si. Aonde quer que vá um fiel formado nessa mentalidade, seu compromisso é ser comunidade, inserindo-se em uma já existente ou formando outra.

g) Transformação social. Em uma paróquia centralizadora ou de massa, sua periferia ficará sempre abandonada, e justamente os pobres, pelos quais o Cristo fez opção preferencial, continuam desamparados. Transformação social está ligada com Reino de Deus. O objetivo da vivência da fé, ou da evangelização, é fazer que a sociedade seja justa, fraterna e solidária. Implantando comunidades em todo o território social, cria-se a estrutura para a dinâmica do reinado. Muitas realidades eclesiais perderam a ligação com esse objetivo. Centram toda a pregação no reinado pós-morte e na vivência individual dos valores morais do tipo “salva a tua alma!” Quando Jesus anunciou o Reino, quis garantir um lugar de vivência saudável para a humanidade. Por
isso, a comunidade não está ocupada apenas com a dimensão espiritual da pessoa, mas quer cuidar também do corpo dessa pessoa e do lugar onde esse corpo, essa pessoa, habita. Trabalhar politicamente para as melhorias físicas do bairro onde reside é genuína evangelização; promover o bem comum, cuidar dos bens que pertencem a todos, é evangelização; ajudar o outro a ser mais feliz é evangelização; defender a ética na política, no comércio e nas relações interpessoais é evangelização; denunciar a corrupção e todas as falcatruas é evangelizar. Toda espiritualidade que não leva o fiel a esse comportamento não vem de Deus.

Meu irmão e minha irmã, se você quiser conhecer todo o nosso subsídio de março é só clicar no Link abaixo

Ser leigo na Igreja hoje

De um modo geral, as pessoas podem entender (ou achar) que todos aqueles que participam de uma maneira ou outra da Igreja ou de alguma comun...