Desde o nosso batismo somos marcados para
a missão, é o que aprendemos dos Evangelhos, quando os discípulos foram
enviados para proclamar a Boa Nova às
criaturas, para que todos se tornassem testemunhas do Amor de Deus. Aprendemos
também da tradição da Igreja, dos seus documentos apostólicos, das Encíclicas
papais, das Conferências episcopais e das experiências do povo de Deus que
assume a radicalidade batismal: ser fermento, sal e luz em busca de uma identidade
cristã que nos torne mais próximos da vocação à Vida para todos e todas.
A partir do grande acontecimento do
Vaticano II, os leigos e leigas não são mais vistos como objetos da ação
pastoral e sim como sujeitos da missão eclesial, ativos, protagonistas e
co-responsáveis pela missão da Igreja no sentido mais abrangente do que a participação
ou colaboração. É uma construção que se faz conjuntamente, assumindo assim
todos os ônus e bônus da evangelização.
Assim, a identidade laical exige de todos
nós uma postura ativa, de autonomia, coragem e audácia diante dos problemas
humanos que exige atitudes de coerência na luta pela promoção da justiça e da
fraternidade.
Desde Medellín, quando os bispos da
América Latina apontaram que o nosso continente era marcado por situações de
opressão e injustiça, passando por Puebla, a partir da evangélica opção
preferencial pelos pobres, os leigos são colocados como homens e mulheres da Igreja
no coração do mundo e do mundo no coração da Igreja (Puebla 786); Santo Domingo
nos convida a promover uma nova evangelização que leve em conta a inculturação;
e recentemente em Aparecida, quando se coloca que “o espaço próprio da missão
do leigo é sua atividade evangelizadora num
mundo vasto e complexo da política, da realidade social e da economia, como
também o da cultura, das ciências e das artes, da vida internacional e outras
realidades abertas à evangelização, como são o amor, a família, a educação das
crianças e adolescentes, o trabalho profissional e o sofrimento” (Aparecida
174).
Portanto, a nossa missão é de sermos
discípulos-missionários, engajados na construção da chamada missão permanente
que toda a Igreja é convocada a realizar, fazendo com que todas as comunidades,
pastorais e organismos sejam fontes de evangelização, sinais de justiça e de
igualdade.
Os desafios que nos são colocados no
contexto do século XXI, neste período pós-moderno, apontam para o enfrentamento
de todas as intolerâncias religiosas e culturais, das injustiças institucionalizadas;
e situações de violência e opressão. Para tanto se faz necessário continuar
construindo a cultura da paz, do diálogo inter-religioso e ecumênico, da
consolidação das Comunidades Eclesiais de Base, das pastorais sociais, da
organização dos movimentos sociais e proféticos para a realização plena do ser
humano.
No evento da Proclamação do Bispo Guido
Maria Conforti como Santo e Modelo para toda a Igreja que está prestes a
celebrar no dia mundial das missões deste ano, estamos construindo um processo
bonito de articulação dos leigos e leigas, a partir do carisma e da
espiritualidade xaveriana, procurando testemunhar a irmandade universal vivida
por Conforti e pelos missionários consagrados, que fazem de sua vocação um compromisso
com a evangelização ad gentes.
Por Luiz Carlos e Marlene Alves
Frederick missionários leigos xaverianos - São Paulo
Luiz e Marlene: um casal cristão e comprometido com a missão de fazer Jesus conhecido, de anunciar e denunciar... Agradeço o artigo.
ResponderExcluirBoa tarde Patricia! Tudo bem? Posso ir em missão como leiga xaveriana?
ResponderExcluirBoa tarde Carla Miranda. Você é de onde? nos envie um email leigosmxaverianos@gmail.com e conversaremos. Nos passe detalhes, como por exemplo onde você mora e assim por diante.
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